Uma semana antes,
naquele mesmo local, Patrick Depailler tinha morrido enquanto
pilotava um Alfa Romeo.
Depailler estava
compenetrado em aprimorar a Alfa e corrigir 13 problemas
relacionados na sua planilha de trabalho.
O acidente ocorreu no
final da tarde, quase noite, na curva 1.
Ele bateu com tanta
violência contra o guard-rail que teve as suas pernas
seccionadas.
Patrick Andre Eugene
Joseph Depailler , casado, sem filhos, morreu aos 35 anos.
Nascido em
Clermont-Ferrand, no dia 9 de setembro de 1944, Depailler tinha Jim
Clark como ídolo e era dentista formado.
Em 1974,
na Tyrrell, ele foi o 9o colocado no campeonato.
Em 1977,
na Tyrrell, ele conquistou a 8a colocação.
Em 1978, na Tyrrell,
venceu sua primeira corrida, o GP Mônaco.
Em 1979, na Ligier,
venceu o GP Espanha.
Depailler participou de
95 GPs.
Uma característica
do temperamento de Patrick Depailler era o gosto por esportes
radicais, o que prejudicou, sensivelmente, o desenvolvimento da sua
carreira.
No final de 1973, recém
contratado pela Tyrrell para o lugar de Cevert, sofre um terrível
acidente de moto. Ele precisava ser carregado para dentro do carro
durante as corridas.
Em 1979, depois de
vencer o GP Espanha, sofreu um acidente de asa delta. Ele ficou
afastado do resto da temporada, sendo substituído por Didier
Pironi.
Os treinos:
A pole position ficou
com a Williams de Alan Jones.
Aproveitando a
característica de alta velocidade de Hockenheim, Jabouille
ocupava a outra vaga na primeira fila.
Rene Arnoux, com a
outra Renault, conquistava a terceira colocação.
Carlos Reutemann, com a
outra Williams, ocupava o quarto lugar no grid.
A Ligier
de Jacques Laffite ficou com o quinto lugar, enquanto Didier Pironi
classificava-se em 7o
No meio das Ligier,
colocava-se Nelson Piquet.
Piquet, no
treino de Sexta-feira, realizado sob forte chuva, tinha sido o 3o
mais rápido, demonstrando muita habilidade ao pilotar no
molhado.
O outro
carro da Equipe Brabham, conduzido pelo mexicano Hector Rebaque,
classificava-se em 15o lugar.
Em oitavo lugar
aparecia a grande surpresa do treino, o Fittipaldi F8 de Keke
Rosberg.
E, para
confirmar que não era um lance de sorte, Emerson Fittipaldi
classificava-se em 12o lugar.
Mesmo com poucos
treinos, o Fittipaldi F8 demonstrava ser um bom carro.
Com alguns ajustes,
tempo e dinheiro, poderia melhorar muito.
Alain
Prost, piloto da McLaren, ficou com a 14a posição
.
A outra
McLaren, pilotada por John Watson,ficou apenas na 20a
colocação no grid.
Mais uma vez, a Ferrari
envergonhava a sua enorme torcida.
Gilles
Villeneuve obteve apenas o 16o lugar.
Jody
Scheckter foi ainda pior. Ele ficou com 0 21o lugar.
A corrida.
Largaram.
Confirmando uma
qualidade que se aprimorava, Alan Jones fez uma excelente largada.
Em seguida vinha a
Renault de Jean Pierre Jabouille.
Logo atrás, Rene
Arnoux com a outra Renault.
Em quarto e quinto,
corriam as Ligier de Didier Pironi e Jacques Laffite.
A sexta posição
era ocupada pela Williams de Carlos Reutemann.
O surpreendente F 8 de
Keke Rosberg corria em sétimo lugar.
Emerson
Fittipaldi largou bem e subiu para a 10a colocação
na corrida.
Nelson
Piquet ficou sem embreagem e, em conseqüência, largou
muito mal, caindo para a 18a posição.
Na segunda volta,
aproveitando a característica de altíssima velocidade
do circuito alemão, Jean-Pierre Jabouille passou voando por
Alan Jones.
A corrida era disputada
num ritmo frenético.
Jacques Laffite
ultrapassou seu companheiro de equipe, Didier Pironi, conquistando o
quarto lugar.
Laffite partiu para
cima da Renault de Rene Arnoux.
Jabouille abria grande
distância para Jones.
Keke Rosberg
ultrapassou Reutemann.
O Fittipaldi F8 estava
se comportando muito bem.
Rosberg encostava nas
Ligier.
Emerson
Fittipaldi, comprovando as qualidades do F8, pulou para o 9o
lugar na corrida.
Nelson Piquet
demonstrava uma habilidade incomum ao pilotar o Brabham sem
embreagem.
Tirando leite de pedra,
Piquet recuperava as posições perdidas .
Na oitava volta, a
sensação da corrida, Keke Rosberg, abandonava a prova.
Seu Fittipaldi F8 tinha
perdido o aerofólio traseiro.
Um simples defeito de
montagem abortava uma das melhores performances da Equipe
Fittipaldi.
Foi uma pena.
Desgraça pouca é
bobagem.
Emerson Fittipaldi, que
também fazia ótima corrida, abandonou a prova, algumas
voltas, com problemas nos freios.
O brasileiro estava
sentindo, desde o início da corrida, uma certa instabilidade
nas freadas.
Enquanto Nelson Piquet
exibia sua maestria, seu companheiro de equipe, Hector Rebaque,
deixava a corrida devido a quebra do rolamento da nova caixa de
câmbio Weissmann.
A Brabham, preocupada
com a pouca durabilidade do novo câmbio, só o instalava
no carro de Rebaque.
Nelson Piquet só
utilizava o câmbio Weissmann para os treinos classificatórios,
pois ele permitia uma condução mais rápida.
Falando em
Nelson Piquet e voltando à corrida, ele já estava na
10a posição.
A prova estava com a
seguinte classificação:
1) Jabouille
2) Jones 3) Arnoux 4)
Laffite
5) Pironi
6) Reutemann 7) De Angelis 8)
Villeneuve
9) Andretti
10) Piquet
Jody Scheckter
abandonou a corrida e confessou não imaginar que seria tão
difícil pilotar depois de anunciar a sua aposentadoria.
Nelson Piquet
ultrapassou Mario Andretti e conquistou a nona colocação.
Duas voltas mais tarde,
Piquet tomou o oitavo lugar de Gilles Villeneuve.
Didier Pironi foi para
os boxes com um semi-eixo quebrado.
Fim de corrida para
ele.
Jabouille continuava
líder.
Jones era o segundo.
O terceiro lugar era de
Arnoux.
Laffite
ocupava o 4o lugar.
Reutemann corria em
quinto.
Piquet já
era o 6o colocado na corrida.
Surpreendentemente,
Alan Jones passou fácil por Jabouille.
A Renault do líder
da prova perdeu potência e parou, quando todos imaginavam que
venceria a corrida.
O drama da Equipe
Renault se transformou em desespero quando, na mesma volta, o outro
carro, que era pilotado por Rene Arnoux, também parou na
pista.
Os dois carros tiveram
o mesmo problema.
Molas de válvulas
quebradas provocaram perda da pressão do óleo.
Alan Jones assumiu a
liderança da corrida.
Ele tinha uma enorme
distância para a Ligier de Jacques Laffite.
Em terceiro, isolado de
todos, vinha Carlos Reutemann.
A quarta posição
era ocupada pelo melhor piloto da corrida, Nelson Piquet.
O quinto lugar era de
Elio de Angelis, com a sua Lotus.
Bruno Giacomelli, com a
Alfa Romeo, corria em sexto.
A corrida estava
chegando ao fim.
Faltavam 5 voltas.
Chegou a vez de Alan
Jones.
O piloto da Williams
tinha problemas com um pneu dianteiro.
Ele entrou nos boxes.
Jacques Laffite passou
direto e assumiu a liderança da corrida.
A Equipe Williams
trocou os dois pneus dianteiros do carro de Jones.
Carlos Reutemann também
passou.
Alan Jones voltou à
pista em terceiro, pouco à frente de Piquet.
Nelson Piquet tentou
chegar em Jones.
Não deu.
Alan Jones voltou a
andar forte e manteve uma distância administrável para
Piquet.
Na última volta,
Elio de Angelis quebrou e Bruno Giacomelli ficou com um ótimo
quinto lugar.
Fechando a relação
de pilotos que pontuaram, apareceu Gilles Villeneuve, para ficar com
o sexto lugar.
Foi a primeira vitória
de Laffite no mundial de 1980 e a sua quarta na fórmula 1.
Os primeiros
colocados no GP da Alemanha de 1980 foram:
Laffite ( Ligier )
Reutemann ( Williams )
Jones ( Williams )
Piquet ( Brabham )
Giacomelli ( Alfa Romeo
)
Villeneuve ( Ferrari )
A classificação
do campeonato mundial de pilotos ficou assim: