GRANDE PRÊMIO DE HOCKENHEIM 1970
Foi a Segunda prova do campeonato de 1970.
Os treinos de sexta-feira e sábado apontaram os vinte pilotos mais rápidos, que largariam, domingo, na presença de 100.000 torcedores.
Emerson Fittipaldi, correndo pela primeira vez em Hockenheim, pilotava o novíssimo e pouco testado Lotus 69.
O pole position foi Peter Westbury.
A Segunda posição no grid de largada era ocupada pôr ninguém menos que Jochen Rindt.
Emerson Fittipaldi conseguiu o sétimo melhor tempo.
Domingo.
Garoava.
Primeira bateria.
Largaram.
Os carros entraram na reta de dois quilômetros, grudados uns ao outros.
Alguns, lado a lado.
A curva que antecede o miolo estava na frente.
Faltavam cem metros e ninguém aliviava.
50 metros, e nada.
Quando os pilotos estavam a 30 metros da curva, começaram as freadas.
Para alguns, foi tarde demais.
Jochen Rindt e Carlos Reutemann derraparam e saíram da pista.
Na mesma curva, Derek Bell e Emerson Fittipaldi, lado a lado, derraparam, conseguindo, porém, permanecer na pista.
A disputa por posições era violenta.
Na Segunda volta, os dois líderes, Peter Westbury e Ronnie Peterson, se enroscaram e saíram da pista.
A troca de posições era constante.
Emerson aparecia em segundo lugar em uma volta, e caía para quinto, na outra.
Assim foi durante boa parte da primeira bateria.
O japonês Tetsu Ikusawa, um verdadeiro kamikaze, ganhava todas as bolas divididas.
Ikusawa foi galgando posições sempre ultrapassando na freada da curva.
Tetsu Ikusawa venceu a primeira bateria.
Clay Regazzoni foi o segundo.
Emerson Fittipaldi foi o sexto colocado.
Segunda bateria.
Largaram.
A loucura recomeçou.
Todo mundo empurrando todo mundo.
Nesse estilo de prova, dura e violenta, quase desleal, pilotos como Clay Regazzoni, Tetsu Ikusawa e Hubert Hahne ficavam a vontade.
Emerson Fittipaldi, ao contrário, preferia uma postura mais defensiva.
Carlos Reutemann e Emerson Fittipaldi disputavam o sexto lugar.
Derek Bell, Francois Cevert e Hubert Hahne, tocavam rodas, logo a frente.
Hahne deu uma fechada em Bell que, assustado, freou.
Emerson, que vinha imediatamente atrás, não teve tempo de frear e deu um totó em Bell.
Derek Bell rodopiou no meio da pista, fazendo com que Carlos Reutemann desviasse, bruscamente, para a esquerda.
A manobra de Reutemann provocou uma colisão com Cevert.
Os dois saíram da pista.
Logo depois, a segunda bateria terminou.
Clay Regazzoni foi o primeiro.
Emerson Fittipaldi terminou a bateria em quarto lugar.
A soma dos tempos das duas baterias apresentou a seguinte classificação geral:
Clay Regazzoni
Tetsu Ikusawa
Derek Bell
Hubert Hahne
Emerson Fittipaldi
Rolf Stommelen
Foi uma prova de fogo para o novato Emerson Fittipaldi.
Campinas, 9 de dezembro de 2001
Claudio Medaglia